Por algum tempo da minha vida senti medo do amanhã.
Medo até mesmo de sair nas ruas.
Me escondia.
Não vivia...
Até mesmo a luz do dia me incomodava.
A presença das pessoas ...eu não gostava.
Por algum tempo da minha vida fui sugada por uma tremenda insegurança..
Insegurança de ver o que tinha la fora...
Cheguei até mesmo de tampar as janelas, com cortinas enormes... e jamais abri-las.
Sentia pânico do mundo.
Gostava apenas do meu mundo.
Meu mundo era feito de sonhos
E na minha percepção "IMPOSSÍVEIS" de se concretizarem.
Fui fraca,fui boba e covarde.
Pelo menos me sentia assim.
Mas antes...
Me sentia livre e em paz comigo mesma,afinal,sou sagitariana e uma sagitariana gosta de viver .
Passei boa parte da minha vida sofrendo deste mal e por incrível que pareça foram 4 longos anos da minha curta vida...os meus melhores anos eu não vivi...
Eu me escondi.
24...25...26...e...27... somente no meado dos meus 27 anos que comecei a me curar.
Hoje...
29 anos descobri algo que eu já sabia mais não conseguia enxergar.
Estava cega de medo ...medo de que?
Não sei dizer...talvez das pessoas,talvez da vida.
Medo de viver.
Medo de me permitir
viver a minha vida.
Começar de novo e ser feliz.
Existe um culpado!
Quem foi esse culpado?
Eu mesma.
Eu mesma me deixei sugar ...eu sou a culpada!
Culpada de aceitar que alguém no mundo apagasse a minha luz por todos estes anos.
Existem pessoas que surgem na nossa vida para tentar nos apagar de alguma forma.
O porque...
Eu não sei?
Mas graças a Deus existem também pessoas que nos trazem a nossa luz de volta.
Que de alguma forma sem nenhum motivo aparecem apenas para nos libertar,nos curar.
Me curei.
Hoje estou bem.
Aprendi a viver de novo e a andar com os meus próprios pés.
E não tenho mais medo de nada.
Mas aprendi com esta experiência terrível que o medo por um lado faz bem
Nos faz ter limites
Nos faz crescer
Minha janela hoje pode ficar aberta.
E aprendi a me amar ...sentir a brisa em meu rosto,olhar as estrelas...
Viver o amor que hoje vivo e me permitir ser feliz
Sem me importar mais com o que outros pensam
Hoje eu pertenço a mim mesma!
Cileléla